ESCOLA É LUGAR DE...
“Não há democracia efetiva sem
um verdadeiro poder crítico”
Pierre Bourdieu
Uma das mais importantes características do trabalho docente
é o permanente inconformismo. É o questionar cotidiano sobre o papel da escola
na sociedade. Nesse sentido, é essencial envolver os agentes escolares numa
discussão e coletivamente refletir sobre o assunto.
Foi assim que iniciamos o trabalho com as turmas do Ensino
Médio - 1001,1002 e 1003 -, abrangendo duas disciplinas fundamentais: Filosofia
e Sociologia. Fizemos uma explanação inicial problematizando e investigando o
que cada aluno pensava e acreditava ser a escola. Foi um momento muito rico em
que muitas ideias contraditórias e até simplistas afloraram e isso foi
esclarecedor. A partir das conclusões dividimos as turmas em grupos. Foram
constituídos 15 grupos que deveriam refletir, pesquisar e preparar as
atividades referentes ao tema.
Elaboramos a seguir cinco frases que nortearam as atividades
e a partir delas os alunos foram desafiados a elaborarem 5 práticas para serem
apresentadas para as turmas. Um vídeo, uma fotografia, um desenho ou colagem,
um texto escrito em prosa ou verso e uma apresentação oral.
As frases foram as seguintes:
Ø ESCOLA É LUGAR DE LIBERDADE.
Ø ESCOLA É LUGAR DE SOLIDARIEDADE.
Ø ESCOLA É LUGAR DE TOLERÂNCIA.
Ø ESCOLA É LUGAR DE CRIATIVIDADE.
Ø ESCOLA É LUGAR DE TRANSFORMAÇÃO.
Os grupos tiveram três semanas para trabalhar os temas e cada
tema deveria se vincular a uma das práticas sugeridas. O grupo PIBID atuou principalmente no dia da
apresentação, acompanhando, organizando e auxiliando os alunos nas
apresentações.
As apresentações dos trabalhos aconteceram nos dias 30 de
novembro e 7 de dezembro no auditório do C. E. Dr. João Bazet. Durante todo o turno da manhã os diversos
grupos se alternaram declarando suas conclusões.
Uma grande dificuldade das disciplinas de Filosofia e
Sociologia é o tempo. No corrente ano tivemos apenas uma aula semanal. É
notório que isso inviabilizou mergulho mais profundo nos diversos temas
constituidores do homem e da sua vida em sociedade. Levando em consideração
esse entrave consideramos boas as exposições. Uma timidez desconcertante
acompanhou a performance de alguns – medo de pagar “mico”, como dizem -, outros
mais soltos demonstraram realmente comprometimento com os temas. Alguns apenas
cumpriam uma tarefa proposta e que determinaria a sua aprovação ou reprovação.
O que ficou notório foi a necessidade de pensar a escola
permanentemente. O seu papel e as determinantes ideológicas que interferem no
trabalho do docente e dos discentes. Muitas são as armadilhas e se não
mantivermos o espírito crítico apenas reproduzimos nos distanciando na nossa
principal tarefa que é politizar e constituir a partir das relações escolares
novos procedimentos e caminhar no sentido da autonomia.
“A liberdade, que é uma conquista, e
não uma doação, exige permanente busca. Busca permanente que só existe no ato
responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo
contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Ninguém liberta ninguém,
ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão.” (Paulo Freire)
A seguir algumas fotos e fragmentos dos trabalhos
apresentados:
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